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E Se?

Algumas perguntas (incômodas?) sobre a COP30 em Belém do Pará.


Andam me perguntando e comentando por aí: como vai ser a COP30 em Belém?

Não sei! Respondo e logo penso em Millôr Fernandes: “suposição é a convicção alheia”. E tem um bocado de gente supondo. Em vez de supor, prefiro perguntar:



  • E SE os países ricos cumprissem os compromissos assumidos na COP21, aquela do acordo de Paris e financiassem a sustentabilidade nos países menos desenvolvidos?

  • E SE nosso modelo de colonização tivesse sido outro e, em vez de bandeirantes, tivéssemos uma utópica (mas ainda sim desejada) Tribo Brasilis?

  • E SE furássemos a bolha da incoerência e da incompatibilidade entre temas e territórios e esquecêssemos os resorts de Dubai ou Sharm El-Sheikh no Egito, os telhados de Paris, as AutoBan alemãs, o Monte Fuji e olhássemos Belém com mais empatia, como o lugar onde O MUNDO TODO poderá VER as mazelas climáticas e a extrema desigualdade econômico-social que nos aflige?

  • E SE a COP30 anunciasse uma grande reserva ambiental internacional, uma colaboração entre nações para preservar vastas áreas da Amazônia e os líderes mundiais presentes adotassem um acordo vinculante para eliminar o desmatamento ilegal globalmente até 2030?

  • E SE a COP30 inspirasse um movimento global de turismo sustentável, incentivando viagens que apoiam a conservação ambiental e o desenvolvimento econômico local?

  • E SE Belém, como sede da COP30, se tornasse um exemplo global de cidade sustentável, implementando soluções inovadoras em transporte, energia e gestão de resíduos com apoio de PPP?

  • E SE a COP30 incluísse um segmento dedicado à preservação das culturas indígenas, reconhecendo seu papel crucial na conservação ambiental?

  • E SE a COP30 levasse a um acordo global sobre a taxação de carbono, com fundos destinados a apoiar a transição para energias renováveis nos países em desenvolvimento?

  • E SE a COP30 resultasse em um compromisso mundial para restaurar e regenerar áreas degradadas, não só na Amazônia, mas em todo o mundo?

  • E SE a COP30 criasse um programa global para o compartilhamento de recursos e conhecimento entre países, visando o desenvolvimento de cidades mais verdes e sustentáveis?

  • E SE países ricos, governo federal brasileiro, governos estaduais e iniciativa privada lançassem um projeto de "hospedagem sustentável comunitária" para a COP30, envolvendo residentes no oferecimento de acomodações em suas casas, combinado com um novo sistema de transporte público eficiente e eco amigável, transformando a cidade em um exemplo de destino sustentável e inclusivo para eventos internacionais.

E SE TUDO ISSO COMEÇASSE AGORA, ANTES DE SE FAZER SUPOSIÇÕES SOBRE UM POSSÍVEL NOVO DESTINO PARA A COP?

 

Nada não, estou apenas perguntando!


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