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TENDÊNCIAS EM POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A AMAZÔNIA 02

A Amazônia possui um grande potencial para a geração de energia renovável, como hidrelétricas, biomassa e energia solar. No entanto, o desenvolvimento dessas formas de energia tem sido criticado por grupos indígenas e ambientalistas, que apontam para os impactos negativos dessas atividades no meio ambiente e nas comunidades locais. As hidrelétricas, por exemplo, podem causar danos significativos aos ecossistemas aquáticos, afetando a biodiversidade e a pesca artesanal. Além disso, a construção de barragens pode levar ao deslocamento forçado de comunidades locais e afetar a subsistência dessas populações.




Energias renováveis e mudanças climáticas


Revisão e susbstitutição da matriz energética é um ponto globalmente almejado pelas políticas públicas e pelos acordos de cooperação multilateriais. Dentre as fontes naturais renováveis, a biomassa pode ser uma fonte de energia importante, mas seu uso deve ser monitorado para evitar a exploração excessiva de recursos naturais e garantir a sustentabilidade a longo prazo.


A energia solar é uma forma de energia renovável que tem sido cada vez mais utilizada na Amazônia. No entanto, a instalação de grandes parques solares pode ter impactos negativos na biodiversidade e na paisagem local. É importante, portanto, garantir que esses projetos sejam desenvolvidos de forma sustentável e com a devida consideração aos impactos ambientais e sociais.


Além das questões relacionadas às energias renováveis, a Amazônia também é objeto de políticas de mitigação das mudanças climáticas. O Programa REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) é uma dessas políticas, que busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa através da conservação das florestas. O programa prevê incentivos financeiros para proprietários rurais que preservam áreas de floresta e realizam a recuperação de áreas degradadas.


Tendências na área:

  1. Transição para uma matriz energética cada vez mais limpa e renovável: com investimentos em fontes de energia alternativas, como a energia eólica (levando-se em consideração os desafios da geografia amazônica) e a energia geotérmica. Essa transição deve ser feita de forma planejada e monitorada, para garantir a sustentabilidade a longo prazo e evitar impactos negativos no meio ambiente e nas comunidades locais.

  2. Políticas de conservação da biodiversidade e mitigação das mudanças climáticas: criação de novas unidades de conservação e o fortalecimento das já existentes, além da implementação de políticas de fiscalização e controle do desmatamento ilegal e das atividades econômicas que causam impactos negativos no meio ambiente. É fundamental que as políticas públicas incluam mecanismos de participação e consulta das comunidades locais, garantindo a proteção dos direitos dos povos indígenas e tradicionais.

  3. Promoção da economia circular na Amazônia: com incentivo à redução, reutilização e reciclagem de resíduos e o uso sustentável dos recursos naturais. A economia circular pode trazer benefícios tanto ambientais quanto econômicos, gerando empregos e promovendo o desenvolvimento sustentável.

  4. Fortalecimento da governança ambiental na Amazônia: promover a transparência, a participação social e a responsabilização dos atores envolvidos na gestão ambiental. Isso inclui a promoção de mecanismos de monitoramento e avaliação da implementação das políticas públicas, bem como o fortalecimento das instituições responsáveis pela gestão ambiental na região.

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